Rio Grande do Sul Pós Enchentes: Como os gaúchos irão se reerguer?
Escrito por Engº Gomes em 10/06/2024
Além das ajudas com doações vindas do setor privado e sociedade civil, Governos do Rio Grande do Sul e Federal, lançam conjuntos de ações e incentivos para reeger cidades afetadas.
Cenário do impacto das enchentes no Estado
A catástrofe gaúcha recente, comoveu todo o Brasil e diversos países estrangeiros, trazendo com isso, uma ajuda massiva do setor privado e sociedade civil.
A partir do dia 29 de abril, onde iniciaram-se os primeiros alertas, pois desde o dia 27 de abril, a Região central do Estado, já sofria com fortes chuvas de granizo, sendo em 29 de abril que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o primeiro alerta vermelho de volume elevado de chuva, emitido, praticamente no momento que ocorria a inundação.
No dia seguinte, dia 30 de abril, já foram registradas as primeiras cinco mortes causadas pela enchente já em ação, sendo duas na cidade de Paverama, uma em Pantano Grande, uma em Encantado e uma em Santa Maria.
A partir daí, os problemas só escalaram, onde autoridades já recebiam alerta de 18 desaparecidos naquele mesmo momento e 77 municipios eram considerados impactados pela subida da água.
Ao final de 30 dias, 471 municípios foram atingidos pela chuvas, com impactos catastróficos, contabilizando um total de 177 mortos, mais de 2,3 milhões de pessoas atingidas pelas enchentes, sendo que dessas, 654 mil tiveram de deixar suas casas, dessas em torno de 72 mil estão vivendo em abrigos e 85 pessoas ainda estão desaparecidas (Fonte: Agência Brasil, 2024).
Cenário pós enchentes
Após período crítico das enchentes, a população encontra-se em situação desesperadora em ver toda uma vida ser lavada com essa enchente.
Uma das grandes preocupações da população e das autoridades locais, seria a grande quantidade de entulho e destroços acumulados, além da disseminação de focos de doenças, como a leptospirose, tuberculose e outras.
Além desse sofrimento todo, o povo vem enfrentando uma evasão econômica local, devido ao receio de outras enchentes, o que dificultará ao povo obter recursos, através do trabalho para construírem, novamente suas moradias e empresas.
Apoio do Governo Federal
Em meio a todo esse cenário de caos, sociedade civil e Governos se empenharam em traçar planos para resgatar a dignidade dos cidadãos e da economia local, além de reestabelecer todo o sistema de saúde e reconstruir casas, empresas e infraestrutura das cidades afetadas.
Vários estão sendo os esforços para ajudar o Estado a reconstruir os Municípios afetados com as enchentes. O Governo Federal vem com Planos e Programas para incentivo à retomada econômica, como:
Fonte: gov.br
Apoio do Governo Estadual
Em um conjunto de objetivos e metas de trazer de volta a dignidade do povo afetado pela catastrofe, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, veio com um Plano Rio Grande.
Plano Rio Grande, apresentado em 17/5 pelo governador Eduardo Leite, terá como desafio acelerar e organizar os processos e projetos de reconstrução do Estado, fortemente afetado pelas chuvas. Ele prevê ações de curto, médio e longo prazo e atuará em três frentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e um conjunto de ações chamado Rio Grande do Sul do futuro. Além disso, serão mapeadas oportunidades de captação de recursos para potencializar os projetos necessários.
“O governo passa a ser o governo da reconstrução. Nossa agenda será a da retomada até o final do mandato. Esse processo exigirá um longo período para além desta gestão. O foco é viabilizar recursos, abreviar processos administrativos para termos agilidade e providenciar a estrutura técnica que dará suporte a essas ações. Nesse processo, será fundamental a cooperação do setor privado, da sociedade civil e de todos os níveis de governo”, afirmou o governador durante a apresentação, na sexta-feira.
Um instrumento importante para a execução do plano será o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), cuja proposta de criação foi encaminhada à Assembleia Legislativa na quinta-feira (16/5). O Funrigs reunirá os recursos destinados à reconstrução, garantindo uma gestão adequada e maior transparência no emprego das verbas.
O Plano Rio Grande será acompanhado por um Comitê Gestor com a seguinte composição: Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul (governo federal); Conselho do Plano Gestor, com câmaras técnicas temáticas para sugestão e acompanhamento; Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, com o engajamento da academia para ações de futuro e transformação; Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e associações de municípios.
Oportunidade a Trabalhadores e Moradores locais
Em meio a todos esses incentivos, espera-se que a economia local venha a se reerguer aos poucos, seja através da geração de oportunidades de emprego e abertura de novos negócios.
Desde a execução dos serviços de limpeza, com a contratação de pessoal, seja qualificado ou não, maquinários etc. até serviços de reestruturação e reconstrução das principais infraestruturas de apoio básico, esses investimentos serão aplicados para reestabelecer a região.
Além de todos esses investimentos governamentais, terão os investimentos privados, para reconstrução de empresas devastadas com as águas. Caberá toda a população o empenho em levantar a cabeça e partir para uma nova jornada.
Além das oportunidades para locais, serão abertas novas oportunidades para trabalhadores de outros Estados, que deverão estar se deslocando para aproveitar a grande injeção de recursos para reerguer o Estado e trazer com isso novas oportunidades de emprego, renda e novos investimentos para o crescimento da economia.
No vídeo a seguir, o autor, explana sobre o sistema de funções no ramo da construção civil, entenda:
Engº Gomes
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